Ligue e solicite um orçamento sem compromisso! Telefone (71) 3641-6920

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Vida de Rato


Vida de Rato:

Os ratos, em geral, têm hábitos noturnos. Eles só saem à luz do dia quando sua população aumenta tanto que a comida disponível acaba ficando insuficiente para alimentar a colônia toda.

Alimentação

A ratazana e o rato-de-telhado são muito desconfiados em relação a um alimento que vão ingerir: um novo alimento ou isca que é encontrado, ao longo da trilha que percorrem ou perto dela, é observado muito cuidadosamente. Assim, o rato desconfia e não devora o alimento, e sim espera que um rato que esteja mais esfomeado, ou que seja menos experiente, vá até o novo alimento ou isca e o devore. Caso não aconteça nada de anormal para o rato que comeu o alimento, o observador resolve também devorar o citado alimento ou isca. Caso surjam sinais de doença no rato mais esfomeado ou inexperiente, o observador evita o alimento. Além disso, ele parece que "comunica" esse fato a toda a colônia, pois todos os outros ratos passam a evitar o tal alimento!
O rato-de-telhado e a ratazana evitam todo e qualquer objeto e alimento estranhos. Estes alimentos ou objetos são tocados somente após alguns dias de permanência no local. Já o camundongo, pelo contrário, é muito curioso em relação a tudo o que é novo.
Vencida a desconfiança, o alimento passa a ser devorado. Quando este alimento não pode ser comido rapidamente ou está em lugar muito exposto, é retirado aos poucos e levado para um lugar apropriado, onde o rato possa devorá-lo em segurança. As fêmeas levam pequenas porções de alimento para os filhotes que estão no ninho.

Água

As necessidades de água variam conforme a espécie e com o tipo de alimentação. Os camundongos, como regra geral, precisam de pouca água. As ratazanas e os ratos-de-telhado precisam de mais água, principalmente se estão sempre devorando material seco, como cereais, por exemplo.

Comportamento social

Num grupo de ratos, há os indivíduos dominantes - machos e fêmeas mais fortes, que estão na idade mais apropriada para a reprodução - e os dominados - ratos muito jovens e muito velhos. Os machos dominantes expulsam os outros machos das tocas, ocupam os melhores locais do território da colônia e alimentam-se quando querem. Já os dominados ocupam as áreas marginais no território e só se alimentam quando não há dominantes presentes. Entretanto, quando há um alimento novo no território (como uma isca isolada ou em ratoeira, por exemplo), o rato dominante espera que o rato dominado já tenha ingerido algumas porções. Se nada acontecer a ele, o rato dominante aproxima-se, expulsa o dominado, e ingere o alimento ou a isca. Por estes motivos, os chamados raticidas violentos, como estricnina, arsênico e vários outros, dão bons resultados somente no início. Isso acontece porque os ratos sobreviventes (geralmente os dominantes) rapidamente associam a ingestão da isca com a morte, e passam a não ingerir mais este alimento. É interessante observarmos, também, que esse comportamento é imitado por todos os ratos da colônia. Onde há abundância de alimento, como nas granjas de aves, podem ocorrer duas ou três espécies de roedores, e elas podem conviver em relação pacífica. Mas onde há competição pelo alimento isso não acontece, e nesse caso ocorre no local apenas uma das três espécies.

Dinâmica populacional

Quando há a falta de alimento, os ratos passam a limitar sua população. Isso ocorre de várias maneiras, como através do canibalismo, da baixa fecundidade, da baixa fertilidade das fêmeas e da supressão de cios, só para citar alguns exemplos. Se há espaço e comida o suficiente, as colônias crescem sem problemas. Os ratos vivem em colônias e combatem de maneira muito feroz qualquer outro rato que tente invadir seu território. O canibalismo é um hábito que não é raro entre os roedores: podem ser devorados os ratos doentes e machucados e ainda os filhotes de uma ninhada que pertence a outro grupo. Um camundongo vive, em média, um ano. O rato-de-telhado vive cerca de um ano e meio e a ratazana pode chegar a viver até dois anos.

Ninhadas

No caso do rato-de-telhado, ao chegarem aos três meses de idade, tanto os machos como as fêmeas, já estão maduros para a reprodução. Suas ninhadas têm de 3 a 9 filhotes e há, geralmente, 3 a 4 ninhadas por ano. O período de gestação é de 28 dias. A ratazana tem, em média, 8 filhotes por ninhada. O período de gestação, para esta espécie, é de 28 dias. Já o camundongo tem cerca de 4 a 10 filhotes por ninhada. Por ano, os camundongos geram de 4 a 5 ninhadas, e o período de gestação desta espécie é de 21 dias.

Locomoção

Quando caminha, a ratazana deixa marcada no chão (na terra ou pó) uma linha contínua entre as suas pegadas: essa linha contínua é formada pela cauda, que sempre é arrastada no chão. No caso do rato-de-telhado não há essa linha, pois ele levanta a cauda enquanto caminha e, assim, não deixa esse sinal. A locomoção é normal, isto é, os ratos andam. Mas em situações de perigo ou brigas entre si, podem correr. Além do mais, se houver necessidade, dão saltos de alturas surpreendentes! Os locais a serem atingidos pelos ratos quando saltam podem estar tanto no mesmo nível em que os ratos estavam anteriormente quanto em locais mais altos ou mais baixos.

Danos

  • As três espécies de rato causam prejuízos que, apesar de não serem muito bem calculados, são realmente grandes.
  • O rato-de-telhado prefere alimentar-se de cereais, mas, na falta deles, pode passar a devorar muitas outras coisas.
  • A ratazana alimenta-se de cereais, ovos, pintinhos, pequenos patos, coelhos, animais mortos, entre outras coisas.
  • E o camundongo alimenta-se simplesmente de tudo o que encontra nas despensas e cozinhas.
  • A ratazana e o rato-de-telhado comem grandes proporções de um mesmo alimento. Os camundongos, ao contrário, ingerem pequenos bocados de cada porção de alimento encontrado.
  • Muitos pensam que os ratos, no campo, limitam-se a atacar os produtos de origem vegetal já colhidos e armazenados. No entanto, eles devoram também sementes recém-semeadas e plantadas. Na verdade, muitas vezes, os danos nas plantações são feitos por roedores nativos.
  • Nas construções usadas para armazenagem e nas residências, além dos alimentos, os ratos danificam os cabos de telefone e provocam incêndios, pois roem as instalações elétricas. Estragam sacarias, roupas, livros, objetos de madeira, entre muitos outros. Além disso, podem contaminar os alimentos e a água com agentes causadores de doenças. Suas pulgas atacam o homem e podem também disseminar diversas doenças.

Habilidades físicas

O senso de equilíbrio é muito desenvolvido nos ratos. O rato-de-telhado é um equilibrista muito habilidoso. Atualmente, alguns construtores fazem casas à prova de ratos, mas não podemos dizer que isso seja fácil. Vejamos algumas das habilidades desses roedores:
  • Os ratos podem penetrar por qualquer abertura, desde que consigam passar a cabeça por ela;
  • Podem roer diversos materiais duros, como madeira, tijolos, chumbo, folhas finas de alumínio e até áreas cimentadas do tipo 3:1 (3 partes de areia e 1 de cimento);
  • Podem nadar de maneira muito habilidosa em locais abertos, em distâncias de até cerca de 800 m. Assim, podem até mesmo alcançar residências bem isoladas, ainda que cercadas de água;
  • Podem mergulhar e nadar submersos, por exemplo, dentro de um cano de esgoto e prender a respiração por quase 3 minutos! Dessa maneira, podem chegar a invadir residências pelo vaso sanitário;
  • Podem subir pelo interior de canos ou calhas verticais que medem de 4 a 10 cm de diâmetro, apoiando-se em suas pernas e costas;
  • Podem subir pelo exterior de canos ou calhas verticais que tenham até 9,5 cm de diâmetro. Para subir, abraçam-se aos condutores;
  • Podem cavar túneis na terra que atingem até 1,25 m de profundidade.

Nenhum comentário: