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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Lavagem de tanque

A Canguru Controladora de Pragas executa limpeza em tanques dos mais variados portes e tamanhos, com equipamentos de última geração, estas limpezas podem inclusive ser manuais dependendo do caso.


Nossos técnicos são treinados para lidar com espaços confinados e atuarem nas mais diversas situações além de disponibilizarmos aos nossos clientes o gerenciamento dos resíduos gerados no processo de lavagem, ou seja, entregamos o seu tanque limpo, descontaminado e com os resíduos dispostos de forma ecologicamente correta.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Aranha marrom



A aranha marrom é extremamente venenosa, e é conhecida por que tem uma picada que é capaz de matar o local onde o veneno atingiu, fazendo a pele apodrecer (necrose). Elas possuem seis olhos de cor branca, e podem medir até 12 centímetros,


e obviamente, como o nome diz, todas tem a cor marrom. Normalmente elas são encontradas na natureza e são prejudiciais até para os animais que entram em contato com essa perigosa aranha, alguns Insetos e Aranhas até podem conviver com certa harmonia.Essa aranha pode se alimentar de pequenos insetos como grilos ou Louva-a-deus, por exemplo.

Seu tamanho pequeno não amedronta, fazendo muitas pessoas com pouco conhecimento sobre as aranhas, pensarem que a cuja não é venenosa, assim acabam entrando em contato com a aranha e sendo picados. A aranha marrom se caracteriza também por não atacar, não é um aracnídeo nada agressivo, muito pelo contrário, na área doméstica elas costumam passar os dias escondidas atrás de móveis ou em peças da casa que não sejam muito freqüentadas, e só saem dos seus “esconderijos” á noite.

Elas praticamente nunca atacam as pessoas, apenas se defendem quando encostamos nelas sem intenção, o caso mais comum é durante o sono de noite exatamente no horário em que elas perambulam pelas casas, as pessoas – inconscientes enquanto dormem – podem acabar deitando em cima da aranha, se ela estiver em cima da cama, ou também, outro caso muito popular é quando calçamos os sapatos, muitas vezes colocamos os calçados sem olhar dentro, e é exatamente lá que elas se escondem. A picada da aranha marrom não costuma doer como a picada de uma Abelha, aliás não se sente nada, porém, cerca 14 horas depois o local da picada começa a ficar inchado e a vítima começa a sofrer de fortes dores de cabeça e febre, pode ocorrer também escurecimento na urina. Por incrível que pareça, comparado com o tamanho do animal, 1,5% dos casos em relação a picadas com a aranha marrom resultaram na morte do paciente. Este é um dado importante, portanto não esqueça de tomar mais cuidado.




Logo depois que você perceber a picada a coisa mais indicada é ir correndo procurar um médico, pois sem tratamento, o efeito do veneno vai ficando cada vez mais forte. Não se pode esquecer também que a quantidade que veneno que a aranha libera é variável e isso diferencia muito na seriedade da picada, por exemplo, se a aranha liberar pouco veneno o seu risco é bem menor e pode não demorar a ser curado, porém, se a aranha marrom tiver liberado muito veneno o caso é bem mais complicado e corre sérios riscos, inclusive de vida. Devemos tomar muito cuidado com essas aranhas, não só as aranhas-marrons mas todo o tipo delas, muitas são enormes e horríveis como a Tarantula e aparentam ser muito perigosas, e muitas vezes são as que quase não tem veneno, já as pequenas, a maioria das vezes ignoramos, então tome cuidado, pois elas podem ser as mais perigosas.

A aranha marrom é o segunda espécie de aranha mais venenosa e a primeira que contém mais mortes por todo o mundo. Ela possui cerca de sete a 15 mm de comprimento, incluindo o tamanho de suas patas. Possui um veneno necrosante, que além de matar todas as células que ficam perto de onde sua picada foi dada, é bastante perigoso sendo 15% das vezes fatal se não for procurado cuidados médicos, número baixo, porém preocupante.

É uma aranha que não tem uma região específica de vivência, habitando praticamente todo o globo. Sua ação é realizada na parte noturna, mantendo-se escondida sobre folhas, tijolos, galhos, ou qualquer outro ambiente escuro que lhe possa oferecer abrigo durante o dia e à noite, sai para caçada. É mais encontrada na época de verão. É um inseto que não é agressivo, atacando somente para defender-se.


Aranha marrom (Vídeo)

A

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Vida de Barata


As Baratas


O que é uma barata?


Além de caretas de nojo, essa pergunta é respondida pela maioria das pessoas de forma simples: são insetos cascudos, escuros e resistentes.


  • De fato, as baratas fazem parte da grande classe dos insetos. Isso quer dizer que elas têm, com poucas exceções, 1 par de antenas, 2 pares de asas, 3 pares de pernas e outras similaridades com as moscas, gafanhotos, formigas, etc.

  • Além disso, um conjunto de características únicas também as permite formar a ordem Blattodea, também chamada de Dictyoptera ou Blattariae. Podemos descrever aqui algumas de suas especificidades, a começar pela cabeça, muito móvel, voltada para baixo, com longas antenas filiformes e grandes olhos compostos. Os ocelos laterais são representados por duas manchas ocelares e o ocelo mediano é ausente. As peças bucais são bem desenvolvidas e próprias para a mastigação. A cabeça é recoberta e protegida pelo pronoto, uma projeção rígida do tórax em forma de capacete.

  • Também do tórax saem os 2 pares de asas. O anterior, que fica por cima, é mais resistente e tem uma textura pergaminosa, por isso essas asas são chamadas de tégminas. As asas posteriores, que ficam protegidas pelas tégminas, são do tipo membranoso.

  • A maioria das baratas prefere andar e suas pernas são propícias para uma locomoção rápida. Por isso, também, algumas espécies apresentam asas bem reduzidas (braquípteras) ou são ápteras, ou seja, não possuem asas.

  • O abdome, que pode ou não estar coberto pelas tégminas, comporta órgãos internos importantes, como intestino, órgãos reprodutivos e coração. Externamente, ele possui em sua extremidade um par de cercos, apêndices que funcionam como órgãos olfativos.

  • Cerca de 4000 espécies fazem parte da ordem Blattodea e novos membros vêm sendo descobertos na natureza. Apesar desse número assustar (ou enojar), a maioria das pessoas só terá contato com menos de 1% dele, quer dizer, com as 35 espécies que habitam ambientes humanos ou com hábitos domissanitários. A porcentagem se reduz ainda mais se lembrarmos que poucas espécies, cerca de 8, dominam este cenário: Periplaneta americana (barata vermelha, barata americana, barata grande, barata de esgoto) eBlattella germanica (barata pequena, baratinha, barata alemã, francesinha, paulistinha, barata de cozinha ou de madeira) , que são as mais freqüentes em São Paulo; Periplaneta australasiae (barata australiana), Pycnoscelus surinamensis (barata do Suriname), Leucophaea madera (barata cascuda ou barata grande dos armazéns), Supella supellectilium, Blatta orientalis (barata oriental), Periplaneta brunnea (barata parda).

Seguem as descrições das principais baratas domésticas que podem ser encontradas no Brasil:


  • Periplaneta americana (barata vermelha, barata americana, barata grande, barata de esgoto): considerada grande, essa barata mede de 2,8 a 4 cm. É bastante brilhante e de coloração castanho-avermelhada; seu pronoto é escuro, circundado por um anel amarelo. As tégminas são bem desenvolvidas e cobrem todo o abdome nas fêmeas ou são maiores que o abdome nos machos. É a espécie mais abundante em São Paulo.

  • Blattella germanica (barata pequena, baratinha, barata alemã, francesinha, paulistinha, barata de cozinha ou de madeira): é uma barata pequena e mede de 1-1,4 cm. A característica mais marcante talvez seja o pronoto com 2 faixas longitudinais escuras. As tégminas nas fêmeas cobrem todo o abdome, mas são mais curtas nos machos. São animais muito freqüentes em cozinhas e restaurantes.

  • Pycnoscelus surinamensis (barata do Suriname): animal médio, medindo de 2 a 2,4cm. É brilhante, de cor castanho-escura a preta. As tégminas cobrem todo o abdome. É semidoméstica, ou seja, pode ser encontrada tanto em ambiente natural como doméstico.

  • Periplaneta australasiae (barata australiana): é muito parecida com a Periplaneta americana. Também é grande, medindo de 2,3 a 3,5 cm, é castanho-escuras a castanho-avermelhada. As tégminas cobrem a extremidade do abdome e possuem uma faixa amarela próxima à borda.

  • Leucophaea maderae (barata cascuda ou barata grande dos armazéns): também é uma espécie semidoméstica. Considerada a mais repulsiva, é uma barata grande, medindo de 4 a 5 cm, tem coloração cinzenta ou pardacenta e duas faixas castanho-escuras na área basal das tégminas.

  • Supella supellectilium barata pequena, de 1 a 1,6 cm, de coloração variável. As tégminas cobrem quase todo o abdome nas fêmeas e vão além dele nos machos. É muito parecida com a Blattella germanica.

  • Blatta orientalis (barata oriental): de tamanho médio, mede de 2 a 2,4 cm e tem coloração castanho-avermelhada escura a preta. As tégminas são mais desenvolvidas nos machos que nas fêmeas mas ainda não atingem a extremidade do abdome. Nas fêmeas, as tégminas são muito curtas.

  • Periplaneta brunnea (barata-parda): sua coloração é muito parecida à da barata americana. É grande, medindo de 3,1 a 3,7 cm. As tégminas são longas, mas não tanto quanto o abdome.

Internamente, as baratas são insetos típicos, característica que inclusive as posiciona como modelos em diversas pesquisas e estudos. Em laboratório, elas também são bastante utilizadas como alimento para escorpiões, aranhas e outros animais por sua riqueza em proteínas e nutrientes.

A respiração das baratas se dá por meio de espiráculos, que são aberturas ao longo dos dois lados do abdome por onde o ar pode entrar e sair. O ar então é encaminhado para traquéias que se ramificam e perdem diâmetro, alcançando os tecidos. Nesse ponto é possível haver o abastecimento das células com oxigênio. O conhecimento da respiração das baratas é bastante importante para o desenvolvimento de inseticidas.

A digestão desses insetos ocorre parte externamente e parte internamente: ao encontrar o alimento, eles secretam enzimas digestivas; a pasta resultante é engolida e percorre o trato digestivo.

O sistema circulatório das baratas é bastante diferente do que conhecemos em mamíferos. Providas de apenas um vaso sangüíneo, o vaso dorsal, elas possuem circulação aberta. Dessa forma, o líquido que está banhando as vísceras entra pela parte de trás desse vaso ou por pequenos orifícios chamados óstios e sai pela parte da frente, banhando o interior da cabeça. Esse vaso dorsal pode também ser chamado de coração, porque é ele que bombeia a hemolinfa (o “sangue” dos insetos) de trás para frente do corpo.

O sistema nervoso é formado por gânglios nas baratas. Apesar delas possuírem um cérebro na cabeça que comanda, por exemplo, as funções das antenas, das partes da boca, entre outras, elas também possuem glânglios no tórax e no abdome que direcionam funções muito importantes também, como batimento das asas, funcionamento do trato digestivo, etc.

Como a Barata se Reproduz

Apesar de não serem tratadas com tal, as baratas são seres vivos e fazem parte de uma grande população, que vem sendo pisoteada, envenenada e odiada pela humanidade. E, como seres viventes, elas nascem, crescem, se reproduzem e, apesar da morte ser muitas vezes longa e difícil, elas morrem, completando um ciclo de vida básico. O modo de passar por essas etapas é, no entanto, realizado de forma particular, ao “estilo da barata”.

Acasalamento:

As baratas adultas são divididas em machos, que possuem órgãos reprodutivos masculinos e produzem espermatozóides, e fêmeas, que produzem óvulos nos ovaríolos. Até aqui não há novidades.

Quando em período reprodutivo, as fêmeas liberam um odor, chamado de feromônio sexual, que atrai machos. Ocorre, então, uma intensa antenação no encontro do casal, ou seja, as baratas se tocam com suas antenas. O macho expõe uma glândula localizada na superfície dorsal do abdome, que secreta uma substância da qual a fêmea se alimenta. Enquanto a fêmea sobe no macho para se alimentar da substância, por baixo o macho tenta introduzir a sua genitália na fêmea, para iniciar a cópula. Quando ambos estão ligados pelas genitálias, o macho vira-se e assume uma posição oposta à da fêmea e as extremidades dos abdomens se mantém unidas. A cópula pode durar uma hora ou mais, e durante este processo o macho transfere o espermatóforo, estrutura que contém os espermatozóides, para a fêmea. Os espermatozóides são armazenados na espermateca da fêmea, ficando ativos por um longo período.

Em algumas baratas, como a Pycnoscelus surinamensis (barata do Suriname), pode ocorrer reprodução assexuada, por partenogênese. Isso quer dizer que as fêmeas, sem ter contato com machos, produzem novos indivíduos: seus óvulos não fecundados se desenvolvem e produzem novas fêmeas. Esse tipo de reprodução é muito eficiente para o aumento da população de uma determinada espécie. Quando em condições ambientais também favoráveis, pode até haver um aumento exagerado, dificultando seu controle pelos homens. No caso da barata do Suriname, existem machos na população, apesar de serem muito raros, o que indica que pode haver também a reprodução sexuada.

Alguns detalhes do desenvolvimento das baratas são distintos para as diferentes espécies. Seguem algumas particularidades das principais baratas brasileiras: a barata alemã (Blattella germanica) e a barata americana (Periplaneta americana).


  • B. germanica: possui ciclo de vida mais curto e mais rápido que a barata americana e é também mais resistente a inseticidas. A fêmea pode depositar de 4 a 8 ootecas durante sua vida, as quais medem 8x3 mm e têm de 30 a 40 ovos, em média. O número de ovos tende a diminuir ao longo da vida da fêmea. A ooteca é mantida presa na extremidade do abdômen até que o desenvolvimento embrionário esteja quase terminado. O período de incubação depende da temperatura e umidade, mas em geral dura cerca de 14 dias. A fêmea pode ajudar as ninfas a saírem do estojo (ooteca). Estas que passam por cerca de 6 a 7 estádios ninfais, ou seja, sofrem de 6 a 7 ecdises até atingirem o estágio adulto..

  • P. americana: costumam por suas ootecas em cantos ou fendas escuras e protegidas. Os estojos possuem número variável de ovos (geralmente 16), 8x5 mm e são carregados pela fêmea apenas 1 dia depois de formados até ela achar um lugar adequado para sua deposição. As ootecas podem ser enterradas, cobertas com pedacinhos de papel, etc. O intervalo entre a deposição de uma ooteca e outra é de 1 semana. O período de incubação também depende de temperatura e umidade. As ninfas nascem ao mesmo tempo e forçam a abertura do estojo, que se abre em 2 metades. Ocorrem de 9 a 13 ecdises durante o desenvolvimento imaturo.

Prejuízos Causados ao Homem

É provável que o dano gerado pelas baratas mais repudiado pela população seja o susto ou medo e a sensação de asco causados a muitas pessoas, considerados justificativa suficiente de muitos para a total eliminação desses insetos. No entanto, outros danos mais graves também dão base a essa luta.

As baratas não causam danos relevantes para a agricultura. Elas são mais importantes do ponto de vista domissanitário: adaptaram-se ao ambiente doméstico, onde danificam alimentos e roupas e disseminam doenças. Por isso são consideradas “pragas urbanas”.

Entre os principais prejuízos causados ao homem podem ser citados:


  • Ingestão de alimentos. Não é significante por ser em poucas quantidades.
  • Depreciação de alimentos. Ao caminhar ou viver sobre a comida, as baratas defecam e a contaminam. Além disso, elas possuem secreção repugnante liberada por glândulas , a qual tem um odor nauseabundo característico, o “cheiro de barata”. Tudo isso torna o alimento impróprio para o consumo. Desta forma, pode-se afirmar que estes insetos provocam danos mais expressivos aos alimentos em termos qualitativos que quantitativos.
  • Danos a livros, roupas e documentos, devido à deposição de fezes e ootecas ou à ação de roer.
  • Susto, medo e nojo causado a muitas pessoas.

  • Fonte de alimento para outros animais. Escorpiões, lagartixas, aranhas e outros animais indesejáveis que se alimentam de baratas são atraídos pela presença destas, levando indiretamente a maiores danos.
  • Transmissão de agentes patogênicos ao homem e aos animais domésticos. Talvez essa seja a principal razão do combate às baratas. Acredita-se que elas, depois da mosca doméstica, são os animais que mais facilmente transportam germes de doenças de um local para outro (principalmente bactérias e protozoários), podendo transportar cerca de 40 bactérias patogênicas diferentes, das quais 25 são Enterobacteriaceae, organismos responsáveis por gastrenterites no homem. Esses insetos podem também ser hospedeiros intermediários de helmintos patogênicos (vermes) e carregar ovos e larvas, além de vírus, protozoários e fungos.

Várias espécies de seres vivos apresentam algum tipo de associação com as baratas. Entre estes podem ser destacados:

  • Bacterióides: são partículas intracelulares, não são patógenos importantes do homem. Encontradas no tecido adiposo, dentro de ovos e embriões de baratas. Essa associação é provavelmente benéfica a ambos atores.

  • Protozoários: necessários para a sobrevivência das baratas que comem madeira porque produzem celulase, enzima que digere a madeira, permitindo seu aproveitamento pelas baratas. Alguns protozoários causadores de doenças ao homem e seus cistos podem ser transportados por estes insetos.

  • Vírus: agentes da poliomielite já foram encontrados em Blattella germanica, Periplaneta americana e Periplaneta brunnea.

  • Bactérias: diferentes espécies de Micrococcus, Salmonella, Bacillus, Mycobacterium e outros gêneros, incluindo espécies causadoras de doenças, como Mycobacterium leprae (causador do mal de Hansen ou lepra), são transportados e disseminados por esses insetos.

  • Fungos: muitos fungos são encontrados em baratas, alguns causadores de doenças ao homem.

  • Vermes: dentre muitos, estão o Ancylostoma duodenale e Necator americanus, encontrados na P. americana, causadores do amarelão. Trichiurus trichiura, um parasita do intestino grosso causador da tricuríase, também é encontrado em P. americana, B. germanica e outras espécies.

As baratas adquirirem agentes patogênicos por viverem e se alimentarem em latrinas, fossas, esgotos, lixo, cadáveres, etc., e os veiculam por suas fezes, secreções, ao morrerem, ou simplesmente na sua locomoção, quando germes podem cair de suas patas ou corpo.


Tirinhas ...


Vida de Rato


Vida de Rato:

Os ratos, em geral, têm hábitos noturnos. Eles só saem à luz do dia quando sua população aumenta tanto que a comida disponível acaba ficando insuficiente para alimentar a colônia toda.

Alimentação

A ratazana e o rato-de-telhado são muito desconfiados em relação a um alimento que vão ingerir: um novo alimento ou isca que é encontrado, ao longo da trilha que percorrem ou perto dela, é observado muito cuidadosamente. Assim, o rato desconfia e não devora o alimento, e sim espera que um rato que esteja mais esfomeado, ou que seja menos experiente, vá até o novo alimento ou isca e o devore. Caso não aconteça nada de anormal para o rato que comeu o alimento, o observador resolve também devorar o citado alimento ou isca. Caso surjam sinais de doença no rato mais esfomeado ou inexperiente, o observador evita o alimento. Além disso, ele parece que "comunica" esse fato a toda a colônia, pois todos os outros ratos passam a evitar o tal alimento!
O rato-de-telhado e a ratazana evitam todo e qualquer objeto e alimento estranhos. Estes alimentos ou objetos são tocados somente após alguns dias de permanência no local. Já o camundongo, pelo contrário, é muito curioso em relação a tudo o que é novo.
Vencida a desconfiança, o alimento passa a ser devorado. Quando este alimento não pode ser comido rapidamente ou está em lugar muito exposto, é retirado aos poucos e levado para um lugar apropriado, onde o rato possa devorá-lo em segurança. As fêmeas levam pequenas porções de alimento para os filhotes que estão no ninho.

Água

As necessidades de água variam conforme a espécie e com o tipo de alimentação. Os camundongos, como regra geral, precisam de pouca água. As ratazanas e os ratos-de-telhado precisam de mais água, principalmente se estão sempre devorando material seco, como cereais, por exemplo.

Comportamento social

Num grupo de ratos, há os indivíduos dominantes - machos e fêmeas mais fortes, que estão na idade mais apropriada para a reprodução - e os dominados - ratos muito jovens e muito velhos. Os machos dominantes expulsam os outros machos das tocas, ocupam os melhores locais do território da colônia e alimentam-se quando querem. Já os dominados ocupam as áreas marginais no território e só se alimentam quando não há dominantes presentes. Entretanto, quando há um alimento novo no território (como uma isca isolada ou em ratoeira, por exemplo), o rato dominante espera que o rato dominado já tenha ingerido algumas porções. Se nada acontecer a ele, o rato dominante aproxima-se, expulsa o dominado, e ingere o alimento ou a isca. Por estes motivos, os chamados raticidas violentos, como estricnina, arsênico e vários outros, dão bons resultados somente no início. Isso acontece porque os ratos sobreviventes (geralmente os dominantes) rapidamente associam a ingestão da isca com a morte, e passam a não ingerir mais este alimento. É interessante observarmos, também, que esse comportamento é imitado por todos os ratos da colônia. Onde há abundância de alimento, como nas granjas de aves, podem ocorrer duas ou três espécies de roedores, e elas podem conviver em relação pacífica. Mas onde há competição pelo alimento isso não acontece, e nesse caso ocorre no local apenas uma das três espécies.

Dinâmica populacional

Quando há a falta de alimento, os ratos passam a limitar sua população. Isso ocorre de várias maneiras, como através do canibalismo, da baixa fecundidade, da baixa fertilidade das fêmeas e da supressão de cios, só para citar alguns exemplos. Se há espaço e comida o suficiente, as colônias crescem sem problemas. Os ratos vivem em colônias e combatem de maneira muito feroz qualquer outro rato que tente invadir seu território. O canibalismo é um hábito que não é raro entre os roedores: podem ser devorados os ratos doentes e machucados e ainda os filhotes de uma ninhada que pertence a outro grupo. Um camundongo vive, em média, um ano. O rato-de-telhado vive cerca de um ano e meio e a ratazana pode chegar a viver até dois anos.

Ninhadas

No caso do rato-de-telhado, ao chegarem aos três meses de idade, tanto os machos como as fêmeas, já estão maduros para a reprodução. Suas ninhadas têm de 3 a 9 filhotes e há, geralmente, 3 a 4 ninhadas por ano. O período de gestação é de 28 dias. A ratazana tem, em média, 8 filhotes por ninhada. O período de gestação, para esta espécie, é de 28 dias. Já o camundongo tem cerca de 4 a 10 filhotes por ninhada. Por ano, os camundongos geram de 4 a 5 ninhadas, e o período de gestação desta espécie é de 21 dias.

Locomoção

Quando caminha, a ratazana deixa marcada no chão (na terra ou pó) uma linha contínua entre as suas pegadas: essa linha contínua é formada pela cauda, que sempre é arrastada no chão. No caso do rato-de-telhado não há essa linha, pois ele levanta a cauda enquanto caminha e, assim, não deixa esse sinal. A locomoção é normal, isto é, os ratos andam. Mas em situações de perigo ou brigas entre si, podem correr. Além do mais, se houver necessidade, dão saltos de alturas surpreendentes! Os locais a serem atingidos pelos ratos quando saltam podem estar tanto no mesmo nível em que os ratos estavam anteriormente quanto em locais mais altos ou mais baixos.

Danos

  • As três espécies de rato causam prejuízos que, apesar de não serem muito bem calculados, são realmente grandes.
  • O rato-de-telhado prefere alimentar-se de cereais, mas, na falta deles, pode passar a devorar muitas outras coisas.
  • A ratazana alimenta-se de cereais, ovos, pintinhos, pequenos patos, coelhos, animais mortos, entre outras coisas.
  • E o camundongo alimenta-se simplesmente de tudo o que encontra nas despensas e cozinhas.
  • A ratazana e o rato-de-telhado comem grandes proporções de um mesmo alimento. Os camundongos, ao contrário, ingerem pequenos bocados de cada porção de alimento encontrado.
  • Muitos pensam que os ratos, no campo, limitam-se a atacar os produtos de origem vegetal já colhidos e armazenados. No entanto, eles devoram também sementes recém-semeadas e plantadas. Na verdade, muitas vezes, os danos nas plantações são feitos por roedores nativos.
  • Nas construções usadas para armazenagem e nas residências, além dos alimentos, os ratos danificam os cabos de telefone e provocam incêndios, pois roem as instalações elétricas. Estragam sacarias, roupas, livros, objetos de madeira, entre muitos outros. Além disso, podem contaminar os alimentos e a água com agentes causadores de doenças. Suas pulgas atacam o homem e podem também disseminar diversas doenças.

Habilidades físicas

O senso de equilíbrio é muito desenvolvido nos ratos. O rato-de-telhado é um equilibrista muito habilidoso. Atualmente, alguns construtores fazem casas à prova de ratos, mas não podemos dizer que isso seja fácil. Vejamos algumas das habilidades desses roedores:
  • Os ratos podem penetrar por qualquer abertura, desde que consigam passar a cabeça por ela;
  • Podem roer diversos materiais duros, como madeira, tijolos, chumbo, folhas finas de alumínio e até áreas cimentadas do tipo 3:1 (3 partes de areia e 1 de cimento);
  • Podem nadar de maneira muito habilidosa em locais abertos, em distâncias de até cerca de 800 m. Assim, podem até mesmo alcançar residências bem isoladas, ainda que cercadas de água;
  • Podem mergulhar e nadar submersos, por exemplo, dentro de um cano de esgoto e prender a respiração por quase 3 minutos! Dessa maneira, podem chegar a invadir residências pelo vaso sanitário;
  • Podem subir pelo interior de canos ou calhas verticais que medem de 4 a 10 cm de diâmetro, apoiando-se em suas pernas e costas;
  • Podem subir pelo exterior de canos ou calhas verticais que tenham até 9,5 cm de diâmetro. Para subir, abraçam-se aos condutores;
  • Podem cavar túneis na terra que atingem até 1,25 m de profundidade.